Artigo | Mais de 32,5 milhões de brasileiros terão gestores comprometidos com o combate ao câncer

Um novo capítulo se inicia no combate ao câncer no Brasil. Com a posse dos novos prefeitos e vereadores, pelo menos 39 cidades brasileiras, incluindo nove capitais, terão gestores comprometidos publicamente com a implementação de políticas para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença.

A mobilização de diversos grupos da sociedade civil, como o Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC), através da Coalizão Cidades no Controle do Câncer, foi fundamental para esse resultado. A coalizão promoveu capacitações e engajou candidatos de todo o país durante o período eleitoral, resultando na assinatura da carta-compromisso por quase 400 candidatos, dos quais 106 foram eleitos.

“Ficamos felizes e orgulhosos desses resultados. Essas cidades reúnem mais de 32 milhões de brasileiros, então o impacto pode ser enorme. Queremos seguir atuando com cada uma delas, para pressionar pela implementação desses compromissos”, afirma Cibele Carneiro, coordenadora do projeto.

Desafios e oportunidades

Apesar das conquistas, o grande desafio agora é transformar as promessas eleitorais em realidade. “Muitos prefeitos enfrentarão limitações orçamentárias, o que exige articulação com as outras esferas governamentais. Ao mesmo tempo, existem ações de responsabilidade municipal que não necessariamente envolvem altos custos, como vacinação, transporte sanitário e controle do tabagismo”, explica Helena Esteves, gerente de advocacy do Instituto Oncoguia, uma das organizações líderes da Coalizão.

O monitoramento constante das ações implementadas é fundamental para garantir a efetividade das políticas públicas de combate ao câncer. Plataformas como o Observatório da Oncologia e o Radar do Câncer, da ABRALE e Oncoguia, respectivamente, oferecem dados e indicadores importantes para acompanhar o progresso e identificar áreas que necessitam de melhorias.

“O monitoramento dessas ações ajuda, inclusive, a fortalecer a confiança nos gestores públicos e incentiva a qualificação das políticas públicas de saúde, pois é uma maneira de verificar se elas estão funcionando ou não”, conclui Alexandre Ben, da FEMAMA, que também fez parte da coalizão.

Publicado na Revista Expansão de 08 de janeiro de 2025.

Para ver a lista completa dos eleitos comprometidos com a saúde e os pacientes oncológicos, acesse aqui!

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